“Tenho saudades do Café Montalto. Hoje, quando passo no Pelourinho, o meu olhar vai logo para esse lugar vazio que foi um dos locais mais emblemáticos da Covilhã durante perto de três décadas.
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O meu livro Café Montalto, que mostra o café como um espelho ambíguo da urbe, está esgotado e espera por um editor corajoso.”
Manuel da Silva Ramos in Jornal do Fundão, 21/outubro/2021
O Manel tinha uma bola, que rolava pelo chão, na calçada ela rebola, deu-lhe uma dentada um cão
Olha a bola Manel, olha a bola Manel, foi-se embora, fugiu! Olha a bola Manel, olha a bola Manel, nunca mais ninguem a viu.
Somos a CISMA, uma associação cultural de jovens que não têm idade para recordar o Café Montalto nem a Covilhã que nele é retratada. Mas tiveram a coragem de editar esta obra, fazendo por manter viva a memória coletiva de uma cidade e de um povo. Ao Manuel da Silva Ramos agradecemos a confiança, que esperamos merecer. Este escritor nascido na Covilhã em 1947, que caiu como um meteoro na literatura portuguesa há mais de cinco décadas e cuja poeira luminosa continua fulgurante, dispensa apresentações. O que não dispensa é ser lido.