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Passamos tempo de mais com os olhos abertos

Não se entra de forma ligeira em “Passamos tempo de mais com os olhos abertos”, o livro de estreia de Bruno Ramos, nem se sai incólume da sua leitura. O arco descrito por estes 50 contos percorre os meandros mais recônditos do inconsciente sensual, selvagem, vulnerável, humorístico, trágico, abjeto, amoroso e absolutamente livre. Em “Passamos tempo de mais com os olhos abertos” não há qualquer tipo de concessão na escrita, nem existe outra sensibilidade que não seja a da pele e tudo o que nela aflora vindo de dentro.

Domina neste livro a pulsão incontrolável do desejo, do erotismo e do amor em todos os seus matizes, insubmissos, advogando a revolta do corpo contra os traumas individuais do passado e de uma sociedade onde tudo é formato e mercadoria.

Impregnados num surrealismo onírico na senda de André Breton e deitando-se com os conceitos psicológicos de C. G. Jung, “Passamos tempo de mais com os olhos abertos” convoca as sombras do inconsciente para uma dança pagã sob a batuta do deus Dionísio. Uma celebração da vida, da alquimia bruta da natureza e das suas forças primárias, que tão polidamente recalcamos em troca do contrato social, que este livro estraçalha sem misericórdia. Assim o discurso da noite se fez obra diurna.

Bruno Ramos

Bruno Ramos nasceu em Almada, no início dos anos 70, num contexto sindical, suburbano e heavy-metal, que o marcou profundamente. Essa marginalidade nunca o abandonou e marcou-lhe o carácter e a visão do mundo. Licenciou-se em Ciências da Comunicação, pelo ISCSP – Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. Foi jornalista, chefe de redação e editor em várias publicações especializadas dedicadas à publicidade, ao design, à música, ao cinema e aos vinhos. Coordenou também alguns projetos de comunicação empresarial.

Em 2001 mudou-se para o Fundão, para trabalhar com territórios rurais. Foi editor da agenda cultural daquele Município, integrou a Associação de Desenvolvimento Local “Pinus Verde” e foi cofundador do projeto Aldeias do Xisto, no qual trabalhou até 2024, primeiro como Diretor de Comunicação e depois como Coordenador. Escreveu várias reportagens de viagem e artigos de opinião para o jornal Público e Jornal do Fundão. Atualmente integra e colabora com diversas associações culturais, comunidades e movimentos cívicos na região da Cova da Beira.

Sempre sentiu que o inconsciente, o subliminar e a simbologia enriquecem a experiência fundamental da vida. Acredita que sonhar é ser absolutamente livre, alheio a qualquer constrangimento do ego e espartilho social. É, por isso, o mais elevado ato de marginalidade.

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Passamos tempo de mais com os olhos abertos está disponível, a partir de 19 de dezembro de 2025, pelo preço de €15 para o público em geral e €12,5 para sócios/as da CISMA.

  1. Envia o valor a pagar para o IBAN PT50003300004563264576005
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